Às vezes damo-nos conta de tudo o que já percorremos até chegar ao ponto em que estamos, de tudo o que já vivemos, sentimos, dissémos, calámos, ferimos e amámos.
E quando isso acontece, por um lado sentimos o vazio enorme pela perda de algo que nos foi tanto e agora é nada, por outro pode-nos vir à cabeça a vontade de reconquistar algo que foi há muito perdido.
Não sei..mas acho que não há nada que eu tenha deixado para trás e que queira reconquistar, porque tudo aquilo que me é realmente essencial e preciso, todas as pessoas, todas as coisas, todos os valores e todos os sentimentos, eu trago sempre comigo e nunca deixarei.
Mas também há aquilo que queria deixar para trás definitivamente e embora esteja a conseguir, nem sempre é fácil.
Por muitas vezes que pense no passado, ele não vai voltar. Está na hora de construir o futuro e é isso que vou fazer.
E se não conseguir?
Vou tentar de novo, de novo e de novo!
Se mais uma vez cair?
Tentarei de novo, de novo e de novo!
Não quero pensar eternamente naquilo que poderia ter feito e não fiz, no que podia ter conquistado e não conquistei.
Não quero desperdiçar mais tempo. Está na hora de VIVER verdadeiramente a minha vida.
E ninguém me pode julgar por isso.
Tenho tudo o que preciso! Tenho quem preciso.
"Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens."
Fernando Pessoa
Muitas vezes quando não há controlo, a juventude, o bom desempenho, a beleza, o ser boa pessoa, as luzes da ribalta, matam...
Posso dizer que sou uma grande admiradora do silêncio, mas não me refiro ao silêncio que todos conhecem, refiro-me à maneira de calar sem fechar o coração, ocultar algumas verdades.
Este silêncio no qual me refiro é um tipo de sentimento que não se consegue descrever.
Quando temos um sentimento sincero e bonito dentro de nós, não há palavras para explicar algo tão puro, é questão de estar em contacto, apenas sentir.
Por isso digo: Só se deve deixar calar, quando se tem algo a dizer que valha mais do que o silêncio.
O universo feminino é bem complexo e a insegurança é uma marca comum a mais mulheres do que homens.
Talvez seja por isso que, na hora em que surge a desconfiança, a mulher assuma uma postura diferente do homem.
Mulheres que amam demais são também mulheres inseguras demais.
É a mulher que casa com o homem lindo e deixa de enxergar a sua própria beleza para ver apenas as qualidades do marido.
É a mulher que sorrateiramente vê os bolsos do homem toda a noite procurando por algo que nem ela sabe o que é.
É a mulher que se anula para passar a viver em função de uma possível traição do seu parceiro.
Mulheres apaixonadas nem sempre são sinónimo de mulheres cegas.
Na verdade, muitas delas procuram até ver além da realidade. A mulher que ama demais não percebe que está afastando o parceiro e tem dificuldade em conceber uma relação onde o homem não esteja sempre procurando outra mulher.
O pensamento feminino é estruturado de forma diferente em relação aos homens.
Com um sexto sentido apurado, os pequenos detalhes fazem parte do dia-a-dia da mulher e, assim, é quase impossível ela não reparar naqueles pormenores que não batem certo.
O problema é quando esses detalhes só existem na sua imaginação.
A realidade é que a mulher é impotente para prevenir um comportamento de traição e se ele acontecer é sinal de que o parceiro não a merece.
No entanto, é fácil perder o controle e entrar numa espiral descendente de ciúme, brigas feias e desconforto entre o casal.
Admitir um amor excessivo é o primeiro passo para um processo de cura interior e espiritual, que na maioria das vezes está ligado ao nosso passado e a momentos de sofrimento.
Admitir o erro é o primeiro passo para se amar de verdade e ser amada de volta.
Saudade são águas passadas que se acumulam em nossos corações, inundam nossos pensamentos, transbordam por nossos olhos, deslizam em gotículas de lembranças que por fim, morrem na realidade de nossos lábios.